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sábado, 27 de fevereiro de 2010

POEMA XXXI

O espaço finito de uma existência tem de ser plenamente concebido
com sua sempre renovada cotidiana realização.

Deste fato me permito
lançar meu grito
e busco o gabarito
da permanente realidade
que é a minha busca pela felicidade!

Mas choro a infelícia feito constante em minha existência...

Que meu soluço seja uma presença na tua indiferença,
ó vida,
e eu possa te encontrar em outra fotografia
que a que ora habita a minha grafia.

Que os meus passos extraviados de temores e medos,
de incertas alternativas,
de óbvios desdéns,
se reencontrem com a alegria de conviverem em paz
na nascitude de minhas decisões,
na tomada de minhas posições.

Que eu possa pesar o sim e o não,
que eu saiba realmente encontrar meu verdadeiro caminho,
alimentando de amor minha única devoção.

Que de passos extraviados com plenos enganos estão os meus dias,
que de buscas frustradas por desamores estão minhas pequenas alegrias.

Que eu saiba encontrar o portal da grande alegria,
esta que me sobreviverá permanente a alma,
esta que me manterá em equilibrio o corpo fortalecido,
esta que me doará constante sua paixão
e que se traduzirá minha maior descoberta,
minha maior doação,
minha maior premiação.

Terei em meus braços, em minha vida,
a presença concebida da criatura mais querida,
enraizada no meu amor.

Seremos até o fim dos dias,
como duas plantas em um só vaso,
nos alimentaremos da mesma fonte,
nos conduziremos coabitando as mesmas raízes.

Seremos plenos pelo fato de possuirmos a sabedoria do amor,
ao nos perdoarmos mutuamente as falhas e descuidadas indiferenças,
manteremos alimentado em cotidiano renovado
a sobrevivência de um viver apaixonado.

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Quem sou eu

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Sou Nedi Nelson, como profissional abraço a contabilidade e nesta me realiza a auditoria; como pessoa sempre sublimei ler e escrever, a poesia é lugar comum, hoje vivencio o romancear; como hobby e paixão descobri as orquídeas, o estudo, o cultivo e por fim o descortinar de suas florações..e eis que minha alma transcende o poetar. Viver o entreabrir de uma orquídia me é palco sensível para deixar fluir o poema. A idéia é criar três seções específicas, uma para partilhar a palavra escrita, seja por meio de poemas, contos ou romance, estejam publicados ou não, que venham a ser publicados ou não; outra para cultuar, via fotografias e textos, as minhas orquídeas; e outra para falar de minhas viagens, via fotografias e textos, seja quando a trabalho nos contextos da auditoria, em minhas folgas, seja especificamente a lazer .

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