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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

COTIDIANO FACE 35

Imagem livre, capturada, que representa o Relógio das horas, muito a ver com tempo que realizamos nosso viver...


A vida e o estado de riscos andam de mãos dadas, sua parceria é inerente,
Surpreende-nos e nos impõe ditames,
Não há como conceber colocar-se incólume diante das suas multifacetadas adversidades.

Nem nos nossos sonhos adormidos conquistamos esta regalia,
Do nada podem se transformar em pesadelos.

Na intenção de eliminar, ou tentar, os riscos que nos rodeiam,
Uns se protegem de todas as formas possíveis,
A si e aos seus,
Muitos, de forma radical, levam isso tão a sério,
Que esquecem de viver a vida,
Por si e pelos seus.

Já outros abrem as portas dos seus corações alvissareiros,
das suas mentes criativas e libertas de grilhões,
e encaram de frente as possibilidades do inevitável.

A estes os prêmios e os percalços assumidos da vida,
Onde se fazem etinerantes.

Aonde me enquadro?

Me questiono por responder quando me questionam,
E pondero, a minha realidade, no meu ser eu,
Não há no meu espírito algemas limitando em medo o dia de amanhã.

Meio fatalista...sim, eu o sou! ...afinal meu destino esta nas mãos de Deus!

Porque?
- Porque viver é simples...veja!

Basta,
Sintonizar em igualdades o meu semelhante,
Ansiar e realizar a presença do amor naqueles e naquilo que for colocado no meu caminho,
Labutar com a consciência de que há honra e paz
Quando vestimos a roupagem de uma ética transvestida da plena humanidade.

E o principal,
Que é conceber minhas decisões e alternativas na fonte daquilo em que EU acredito,
E levo fé,
Porque quem paga meus preços sou eu mesmo,
Quem vive minhas alegrias e encantos sou eu mesmo!

Nisso tudo, no todo que me envolve e transcende vida vivida,
Me cabe deixar partir os ganhos e os risos aos que amo,
Assim como isolá-los em salvaguarda nas dores que me afrontarem,
Quando vencidas forem as minhas defesas.

Simples assim...

Ao amar a vida,
Amamos tudo e todos os que de nós se aproximam:
Seja quando neles reconhecemos a aconchegante presença de um irmão,
Ainda que ele seja um estranho, homem ou mulher;
Seja quando neles percebemos a mão inconfundível do grande PAI,
O Deus de cada um de nós!

É...pela vida que já vivi, imponderável negar a mim mesmo...eu amo a vida!



Florianópolis/SC, 03 de setembro de 2014.

SACOILA LANCEOLATA

      Neste momento meus quatro vasos começam a apresentar a formação de hastes florais, como no vaso da foto em 15/08/2014, em que observamos três delas. Neste vaso, de quebra, uma das invasoras mais presentes nas nossas matas nativas, cujas sementes viajam pelos ares, o Pinus Elliottii. 

Eis a Sacoila Lanceolata, orquídea terrestre, agora com as hastes florais já praticamente abertas, nesta data 15/09/2014:.



Detalhe da haste floral.

Detalhe da flor e sua cerosidade, numa cor maravilhosa.


Minhas mudas, todos os quatro vasos, tem origem numa pequena muda que encontrei noa montanhas desmatadas nos arredores da cidade de Vassouras RJ. Numa caminhada matutina, quando me dei o direito de subir a montanha, a beira da estrada de terra em que passeava, junto a um descarregamento de refugos de alguma construção, ou demolição, meio arrancada da terra, percebi aquelas raízes tuberosas e esbranquiçadas. Pensei com os meus botões: ...é uma orquídea! Foi pensar e retirá-la do seu sofrimento. Ou alguém dúvida que se continuasse lá não teria perecido...logo uma máquina estaria retirando aquele entulho e adeus plantinha. De qualquer forma ela veio comigo e a mais de oito anos esta produzindo florações e mudas, tenho certeza que há gratidão nela...

Segundo a Wikipedia a Sacoila é um género botânico pertencente à família das orquídeas (Orchidaceae). Foi proposto por Rafinesque em Flora Telluriana 2: 86, em 1836, tipificado pela Sacoila lurida Raf., nome ilegal pois havia sido primeiro descrita como Neottia aphylla Hook., em 1828, ambas são sinônimos da anterior Sacoila lanceolata (Aubl.) Garay, publicada em 1775 como Limodorum lanceolatum Aubl. O nome vem do grego saccos, saco, e koilos, oco, em referência ao calcar formado pela base do labelo e sépalas laterais de suas flores.



A espécie tipo deste gênero é extremamente variável e diversas espécies novas têm sido descritas resultando em muitos sinônimos. Conforme consideremos ou não estas plantas como espécies válidas, Sacoila terá entre cinco e dez espécies.



São ervas terrestres de raízes carnosas, extremamente adaptáveis e assim fáceis de cultivar que habitam climas diversos preferencialmente campos abertos arenosos e rochosos, cerrado, florestas abertas e pastos, onde recebem bastante sol. Existem em todos os países americanos excetuados Canadá e Chile, até 2200 metros de altitude.

Distingue-se este gênero através de suas muitas flores que nascem em haste ereta, dotadas de nectário mentoso, tubulares, de sépalas eretas, calcar curto e cônico, e estigma formando até um ângulo de 45 graus em relação à abertura da flor. Suas diversas folhas formam uma roseta basal que começa a fenecer durante a floração; as flores são carnosas e moderadamente vistosas, de cores diversas, de palha a verde e vermelho.


Quem sou eu

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Sou Nedi Nelson, como profissional abraço a contabilidade e nesta me realiza a auditoria; como pessoa sempre sublimei ler e escrever, a poesia é lugar comum, hoje vivencio o romancear; como hobby e paixão descobri as orquídeas, o estudo, o cultivo e por fim o descortinar de suas florações..e eis que minha alma transcende o poetar. Viver o entreabrir de uma orquídia me é palco sensível para deixar fluir o poema. A idéia é criar três seções específicas, uma para partilhar a palavra escrita, seja por meio de poemas, contos ou romance, estejam publicados ou não, que venham a ser publicados ou não; outra para cultuar, via fotografias e textos, as minhas orquídeas; e outra para falar de minhas viagens, via fotografias e textos, seja quando a trabalho nos contextos da auditoria, em minhas folgas, seja especificamente a lazer .

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