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quinta-feira, 15 de maio de 2014

COELOGYNE OVALIS




Minhas COELOGYNES OVALIS tem origem, todas elas, de uma muda que troquei em Niterói RJ lá pelo ano de 2004. neste momento possuo uma cinco, todas florescendo.

Segundo a Wikipédia a Coelogyne ovalis é uma espécie de orquídea (Orchidaceae) do Sudeste Asiático. Alguns taxonomistas consideram esta apenas uma variação menor da Coelogyne fimbriata.

TOMATE FRANCÊS (TAMARILHO)



Mais uma fruta no meu pomar, acima EXEMPLAR E SEUS FRUTOS, chamado entre outros nomes de TOMATE FRANCÊS ou TAMARILHO, eu curto o fruto ao natural ou como salada, acrescentando apenas sal e aceto balsâmico.

Segundo a Wikipédia, o Tamarilho por vezes escrito tamarillo, tomate japonês, tomate maracujá, tomate inglês ou tomate arbóreo (estes dois últimos nomes usados na Madeira), é o fruto da espécie Solanum betaceum, pertencente à família Solanaceae.
Nativa dos Andes na América do Sul, é rica em vitamina A, sendo indicada para controlar o colesterol[carece de fontes?]. É apreciada ao natural e seu sabor agridoce também pode ser explorado com sucesso no preparo de sucos, geleias ou compotas, salada de frutas e molhos para acompanhar carnes.
É comercialmente cultivada na Nova Zelândia, Califórnia e Portugal. No Brasil, a fruta é cultivada em quintais, principalmente nos estados da Bahia, de Minas Gerais e de São Paulo. Na Bahia recebe o nome de "tomatão" e em São Paulo de "tomate francês". Na região sul de Minas Gerais é popularmente conhecida como "tomate de árvore" ou "sangue de boi". No Paraná outro nome que ele recebe é o de "tomate japonês". Em Portugal também é conhecida como "tomate Inglês".
Nasce em uma árvore de pequeno porte, que não requer cuidados especiais, mas que sofre bastante com as geadas pelo que necessita de ser protegida no Inverno. Propaga-se por semente e por estacas dos ramos.

Você quer frutos, quer fazer mudas, me contate.
 
DENDROBIUM PHALAENOPSIS
 


Esta orquídea, uma bela Dendrobium Phalaenopsis, eu a adquiri no Mercado Público, de São Paulo, capital, e vem florescendo lá no alto Viamão RS desde o ano de 2008.

Muito florífera, como podem ver na foto, onde outras tantas flores esperam para abrirem.

É muito duradoura, esta da foto, esta florida desde meados de fevereiro deste ano.
EPIDENDRUM "NOID"
 

 
Este grande Epidendrum Noid ( não identificado ), foi encontrado perto de Cubatão SP, numa das estradinhas que correm paralelas aos córregos que descem da Serra do Mar. Foi uma aventura retirar minha muda, entre outras tantas, numa ilhota, do Córrego pantanoso em que se encontrava, mas já vem florescendo a muitos anos aqui em casa e formou esta grande touceira.

Por mais que tenha procurado sua classificação, nada ainda.

Foi em 2001 que a encontrei, no entanto só em 2009 é que a planta me presenteou com suas flores, desde então se repete anualmente, esta totalmente aclimatada. Minha planta, única, alcançou um tamanho bem regular, na natureza, na época, não as percebi com tanta envergadura.

Quem souber sou sua classificação, aceito agradecido a informação.

Deste exemplar só possuo este vaso e ainda não foi possível separar novas mudas.
EPIDENDRUM CILIARIS
 

 
 
As fotografias acima representam a Coilostylis ciliaris (Epidendrum ciliare), que é uma orquídea de pequeno porte, as minhas foram encontradas perto de Bragança do Pará, no Pará, em arvore tombada junto ao leito do charco que beira a estrada que leva para praia, lembro que fiquei completamente atolado no lodo para retirá-las. Algumas já estavam mortas dado a salinidade, quando da maré alta. A planta chega perto dos 10 cm,, e sua haste floral de até 15 cm.

As minhas mudas foram coletadas e salva da maré alta no ano de 2007.

Segundo a Wikipédia o Epidendrum ciliare é uma espécie de orquídea epífita do gênero Epidendrum
Esta é uma espécie muito comum, com grandes flores vistosas, que podem ser reconhecidos pelo lábio branco e 3-lobadas com, metade lobo fino longo e lobos laterais fortemente laciniado.
Descrição
É uma orquídea epífita , rizomatosa ;  Folha 23 cm de comprimento e 4,5 cm de largura, ápice obtuso, coriáceas. inflorescência em cachos com 15 cm de comprimento, com 4-6 flores muito vistosas, pedúnculo 5-13 cm de comprimento, castanho-escuro ao verde oliva as brácteas perseguido semelhante em forma ao basal e brácteas florais apical, até 6 cm de comprimento, as brácteas florais embainhando bases dos pedicelos, flores com pétalas e sépalas verdes, lábio branco com grãos amarelos; sépalos 60 mm de largo y 5 mm de ancho, acuminados; pétalos de 55 mm de largo y 5 mm de ancho, acuminados; sépalas 60 milímetros de comprimento e 5 mm de largura, acuminado; pétalas 55 milímetros de comprimento e 5 mm de largura, acuminado; a parcela livre do lábio 40 milímetros de comprimento e 22 mm de largura, 3-lobadas, os lóbulos laterais falcados, a 20 mm de comprimento e 5 mm de largura, todo dentro, mas o lado forte e irregular laciniate no exterior. Ovário e pedicel juntos 8 cm de comprimento. [1]

Possuo oito exemplares e posso dispor para trocas, para tanto basta me contatar.
MILTONIA REGNELLI
 


Eis a Miltonia Regnelli, e minhas mudas, todas elas tem origem em exemplar ganho lá em Nova Trento SC, junto a Pousada das Irmãs de Madre Paulina. Lá no ano de 1998, quando efetuei um trabalho de Levantamento Patrimonial da Entidade.

Forma rapidamente grande touceiras e sua floração ocorre, sempre, em grande número de flores, forma um belo conjunto.
 
Segundo a Wikimedia, a Miltonia regnellii é uma espécie de orquídea terrestre pertencente à familia das Orquidáceas. As plantas são encontradas nos estados brasileiros de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, crescendo nos bosques da parte baixa das regiões de montanha com alto teor de umidade em altitudes que variam de 800 a 1400 metros.
As plantas florescen de janeiro a maio na natureza, e entre agosto e outubro nos cultivos. As inflorescências possuem normalmente de 4 a 5 flores perfumadas, e estas tem 6,5 cm de diâmetro com as pétalas e sépalas de cor branca, o labelo tem cor que varia de rosa a púrpura. Existe uma variedade mais escura que foi descrita como var. purpúrea.
MILTONIA CLOVESII
 

 
Miltonia Clowesii, Tipo, minhas mudas, hoje tenho diversas, todas tem origem em muda que ganhei lá em Juiz de Fora MG, no ano de 2003. Havia uma grande touceira junto a uma Mangueira no Colégio em que estava trabalhando.

Ela é bem prodigiosa em flores, e todos os anos sou presenteado com sua formosura.

Segundo a Wikipédia a Miltonia clowesii é uma espécie de orquídea terrestre pertencente à familia das Orquidáceas. As plantas são encontradas nos estados brasileiros de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, no solo e nas árvores dos bosques das regiões de montanha em altitudes que variam de 300 a 1000 metros.
Descrição:
A espécie tem inflorescências que normalmente variam de 6 a 8 flores, estas são de 8 cm de diámetro com as pétalas e sépalas de cor amarelo-amarronzado escuro com manchas marrons, e o labelo de cor branca com marcas de cor rosa em sua base ou quase totalmente roseado.
Cultivo:
Crescem em condições intermediárias com luz moderada durante o verão e alta luminosidade durante o inverno. Durante o período de vegetação, a alta umidade é essencial para o êxito do cultivo. Os vasos não devem ficar completamente secos e tem que ter drenagem suficiente para evitar o apodrecimento da raiz. Deve borrifar as plantas com frequencia, se possível pela manhã, para imitar o nevoeiro do seu habitat natural.

Neste ano consegui separar algumas mudas, logo possuo novos exemplares e posso dispor para trocas, para tanto basta me contatar.

 

Cotidiano Face 28


 
Sorrindo e cantando repasso a canção,

Não há espaços para tristeza no meu coração,

Estou vivo e por demais vivo é que me sinto,

Palpitam alegrias no resplandecer deste novo dia,

No ar, nas flores e nos animais, na chuva casual e no sol restaurador,

Tudo me traz os acordes de suave melodia...

Porquê?  Porque me condiciono colher dia a dia as dádivas de uma decisão.

 

Um homem, mas um homem inteiramente arraigado ao fator humano.

 

Por ele o ir adiante é que me mantém vivo decifrando o escorrer das horas,

Ou no desafio de como chegar é que me mantém alerta,

Ou na capacidade de ponderar ideias por me manter lúcido,

Ou na busca do conhecimento para ser verdadeiramente livre

(Haverá quem possa aprisionar tua mente?),

E o mais importante,

No renascimento do amor por todos os seres e por todas as coisas naturais terrenas

por me manter isolado das garras da insanidade.

 

Ou por acaso não percebes o quão insano é o mundo em que vivemos,

Sinta o seu retratar, suas mazelas abjetas,

Os egocentrismos atrozes,

As indiferenças homicidas,

Os desamores fratricidas,

Como conviver com os tais ultimatos? ...perdição plena por decifrar no horizonte!

 

Imanta teu destino as mãos de Deus...em fé!

Preserva teus pensamentos e ações aos ditames do Bem...na humanidade!

Convive harmoniosamente com os teus semelhantes...na irmandade!

 

 

Poa, 09/05/2014.

COTIDIANOS FACE 1


COTIDIANO FACE 1


Imagino que, como todos nós, humanos, existem momentos da minha vida em que necessito um profundo estar comigo mesmo, consequência do convívio com as exigências do meu espírito, reflexos prováveis das minhas experiências, talvez das minhas perdas...então, me faço ausência.

Introspecção é condição permanente desta convivência. E, é claro, algo precisa nascer, vir a tona...me apaziguar.

Então é deixar rolar o pensamento, dar liberdade e asas a imaginação, e me envolve uma interrogação:

  ...neste humano vivenciar o que será mais importante,

o corpo e suas necessidades, triviais na sobrevida ou impactantes em tributos de prazer,

ou  o espírito e suas transcendências?


No que me diz respeito, me deixei levar...


Ao corpo cabe o alimento sequencial e permanente, não nos cabe deixá-lo definhar para elevar o espírito.

E o que se faz alimento, falando por mim, identifico reconhecimentos corporais em muitas coisas.

Naturas, a fruta, o suco, o verde, o pão, os irretocáveis feijão com arroz, em temperos a salivar,

os churrascos domingueiros, ou não, piavas assadas recheadas de sabores, e por ai vai, mas me bastam estas regalias?

É apenas neste padrão tangível que meu corpo regozija? Esta colheita me basta...                      

Não!

Me são alimentos o esporte, ainda que pouco tenha praticado, o guri já se foi...

Me é alimento uma pescaria, terapia conjugada em exercício e magia.

Me é alimento o convívio com meus cães, infraquejáveis, amigos na alegria, na fome e na dor.

Me é alimento amar o amor colher o sexo, praias suarentas, indóceis e embebidas de prazer.


Para o corpo VIVER a vida é alimento!


E ao espírito...como colher paz e aconchego ao olhar do PAI!


Não há nenhum melodrama, é simples como respirar.


Basta decifrar a chave com que te pões a andar de mãos dadas com o PAI!


Seja o BEM! Faças o BEM! Respire o BEM! Retornes o BEM! Proteja o BEM!

Como? Sendo simplesmente o HUMANO que o PAI projetou,

coração alicerçando a mente,

para que o AMOR, a PAZ, a IRMANDADE e A JUSTIÇA  convivam lado a lado nos doares da partilha em que te fazes semente.

  

...bom seria fizéssemos disto a realidade que nos rodeia,

e não isoladas ilhas postergadas em contramão, de sonho e utopia!


Tenham um ótimo fim de semana, porque para mim, esta quinta é quase sexta...

COTIDIANO FACE 2


Minha sexta-feira passada, a noite, já no aeroporto em Floripa, para voltar para Poa, foi um daqueles dias para se apagar da memória, um telefone liberou um caos emocional dentro mim.

Patricia, minha filha mais velha me ligou para informar que a Alessandra estava internada e iria entrar em cirurgia devido a uma infecção relativa a útero e cia, e que a médica não tinha convicção alguma do que iria encontrar, pois os exames eram pouco conclusivos, que a situação era grave. Ora todos somos bombardeados dia a dia com notícias nada animadoras em relação as doenças em geral, principalmente em alguns casos e com as mulheres. Minha primeira reação foi de choque, fiquei apavorado, na sequência orei e depois, caneta, e utilizei as últimas páginas do livro que estava lendo, para escrever, tinha que fazê-lo, ou então uma sala de espera de aeroporto iria ficar consternada por ver um cidadão de cabelos quase brancos chorar copiosamente...de puro medo!

O texto abaixo é o somatório dos meus rabiscos...

                                                                                *

Há uma apreensão invadindo os meus sentidos, tudo que sempre pedi ao grande PAI,

foi...não me deixe assistir o sofrimento de um filho!

Rezo, aqui, confinado num aeroporto,

que as nuvens agourentas da dor

não baixem suas brumas nos caminhos de um filho!

 

Egoísta, eu sei! Mas não será um sentimento de todos nós, havendo dor,

que a mesma escolha outros horizontes,

e nos deixe fora das suas amarras.

 

Rezo, aqui, solidificado em medos,

a boa ventura de um alarme falso e cura,

me dê, PAI, a sintonia de um sorriso,

a candura de uma voz dizendo mansamente...

- Não foi nada pai, apenas um susto, esta tudo bem!

 

É com esta esperança habitando minha alma

e jorrando fé no meu coração,

que estou indo de encontro ao desconhecido.

 

Que Deus em sua bondade te mantenha incólume minha Fofa,

precisamos todos nós conviver com teus sorrisos, vívidos de energia única...tua alegria!

 

Deus permita que amanhã acordes em justa alegria,

espantando para longe estas horas de inseguras tristezas,

pois aos meus olhos te apresentarás como sempre,

amorosa e cativante,

irrequieta no ditames do teu destino,

acelerando os corações daqueles que te amam.

 

Acalenta, filha...Deus está te protegendo,  como sempre,

neste momento haverá de atender a prece de um pai,

 e nos dará imunidade nas transcendências desta realidade,

este será um pesadelo se esvaindo, findo,

pois pela manhã te encontrarei plena em tua serena beleza, e sorrindo!

 

                                                                                              *

 

O bom de tudo é que após um sufoco danado, já no domingo, as informações médicas foram mais tranquilizadoras, e minha filha se recupera, no final, ela estará sadia, sem sequelas.

Obrigado PAI, uma sacudida nos faz dar um valor imenso a vida!

  

Cotidiano Face 3


                Mal terminado, entre aspas, o período em que cumpro o meu horários de trabalho, me permito deixar o pensamento revoar por outros horizontes que não os do profissional. O entre aspas, acima, é porque, quando a campo, e nossos horários extrapolam, muitas vezes descansamos carregando “pedras”, é uma normalidade nossa aqui na empresa, por livre e espontânea vontade...
               Mas este não é o tópico do esvoaçar nos meus pensamentos...Andanças!
               No sentido amplo da palavra, de todos os tipos, vivenciadas por cada um de nós, as que nos permitimos, as que nos impuseram e as opções.
                Pense nisto um instante...Deixe um filme passar em sua mente, livre, não o direcione, poderás colher as mais extraordinárias lembranças...ou, aquela...esquecível, sumida, que você abortou para que se perdesse nos sumidouros cerebrais.
                Ainda assim, volto no tempo, descortinando antigas caminhadas, sem esquecer que andanças também são jornadas, e nestes exercícios mentais, por consequência, revivi muitas alegrias, perdições, estrepolias, pecados leves, pecados sexuais, viscerais...quase mortais!
                Fluíram e tomaram vida centenas de fatos existenciais:  ...desde as mais descompromissadas por tanta festa embutida; desde as mais facetadas pelos enganos cometidos; mesmo algumas quase terminais das quais sobrevivi fortalecido; o amor, os amores, as paixões, tudo me foi  permitido...colho, saboreio  ganhos reais, realizo sonhos matinais, coabito corpos pernoitados, mas também convulso em choro minhas perdas!
                De tudo, concluo, minha vida é de uma riqueza atemporal,
                Enquanto vivo, em memória, transito liberto na minha história!
                Em suma, podem me tirar tudo...jamais, porém, o que VIVI!
                Portanto...não percam tempo com besteiras, vivam cada qual com seus limites, tropecem, caiam, mas levantem...e andem, que a vida é um pequeno fragmento de tempo!

                Tenham todos vocês consciência de que VIVER... é maravilhoso!

               

Cotidiano Face 4

É sexta...alegria!  Que venham as cevinhas e o churras do findi, aleluia...

Pois depois de uma semana muito movimentada, de trabalho nem falo, em que estive em Floripa, São José, Joinvile e Araquari, numa via sacra bem puxada, ontem a noite comecei a me despedir da semana dando nascimento a um destes textos que, cabendo na minha vida poderia caber na sua, na tua, na vossa, desde que já tenhas contemplado muita água passar em baixo da ponte e estejas com os cabelos ralos e numa cor que permeia do cinza para o branco...

                                                                                              *

Estará o universo manipulando as amplitudes dos meus dias,

ou simplesmente eu é que estou eliminando etapas

ao me fazer aquietado nas suficiências com que vivo a minha vida...

 

Dissessem-me a poucos anos que recusei aquele convite do festar noturno,

que dei preferência a um filme caseiro ao conviver efervescente de uma boate trepidando música e companhia,

Diria...sonha!

 

E, no entanto, estou apaziguado.

E não é que ande triste, melancólico, solitário...

(Neste quesito...solidão!

Sou convicto de que só sente as amargas amarras das correntes da soledade

aquele que não consegue conviver consigo mesmo

e não tem recordações por reviver.

Da saudade, esta não me oprime o peito,

meu coração é sábio...confiou a mente a tarefa de só reviver momentos em que se fez sorriso.

Pois, realiza-lhe os sentidos, conviver com as doações do amor,

mas jamais lamentar novamente facetas em que a vida me concebeu a  dor.)

 

Mas, enfim, devo voltar aos dias de hoje...

Penso que minha mente subtrai energias quando projeta meus dias,

fazendo com que estas sobrevivam ainda em reservas quando findo minhas tarefas

e sobra tempo para sonhar...

 

Significa o que?

Ah! Que ainda não estou pronto para a cadeira de balanço,

Nem para os chinelos de pelúcia.

 

Apenas, vou fazendo as coisas com uma morosidade adequada ao meu tempo e espaço,

Curtindo em colheita aquilo que gosto,

Atalhando os caminhos naquilo que conheço,

Doutrinando ensinamentos naquilo que domino,

E me sentindo vivo demais naqueles que amo! ...ainda que pertos de mim, ou ausentes.

 

Então, é isso...a vida, sobrevida, o tempo, o convívio humano,

meus irmãos irracionais (serão?),

nos dão as medidas com que passamos a exigir de nós mesmos ações e reações.

 

Fosse dar um recado...diria:

 

Viva a tua vida conforme o tempo em que te relacionas, mas existem regras básicas, siga-as...

No corpo extrapola um pouco os teus limites...ele gosta de desafios;

No coração rega-o permanentemente de amor, pois para ele:

- é júbilo um toque de mãos,

- é emoção um abraço amigo,

- são acordes musicais o incendiar da paixão;

Na mente sublima o conhecimento, torne-se cativo desta fome, determinado,

Que ela se alimentará e fomentará naquilo que este melhor produz...simplicidade!

Da alma, amigo, vislumbre, se compadeça, e a mantenha criança,

Para que permaneça até o fim dos tempos abraçada ao grande PAI...sob seu manto,

depurando e se fazendo crescimento.

Uma alma de criança, um corpo de homem, atitudes de irmão, e amor no coração,

Acredito que este deveria ser o mandamento uno, do ser, humano e universal!

 

Sob a tutela, do meu, do teu...do nosso Deus!

 

Cotidiano Face 5

Tenho estado observando nossa realidade humana, cada vez mais caótica e sem freios, passei uma semana a trabalho aqui no Rio de Janeiro e a cada momento em que a TV era ligada nos noticiários, seja daqui ou não, as notícias eram de desagregação, dor e violência. Por consequência meu texto é constatação,  desabafo, consternação e esperança. Me perdoem o invólucro em que ponderei minhas figurações, violência, política e religião, mas, infelizmente, estas tem sido reflexos onde as mazelas suplantam o doar humano.

                                                                              *

São apoteoses humanas, calcinadas de dor, amargura e lamento,

as ações que em nossos dias beiram a anarquia, a desumanidade

e ao desequilíbrio entre o Bem e o Mal...

 

Senão vejamos:

 

Quando um faminto, ou drogado (triste lugar comum), pratica seu primeiro assalto,

Não lhe basta roubar, ele necessita agredir, é assim a realidade,

Já em seus atos sequenciais a agressão começa a tomar um rumo macabro,

A vida humana fica refém da indiferença e da total ausência de humanidade.

Estamos convivendo com seres robotizados, facetados de niilismos,

Pela absoluta ausência de amor,

Ególotras que se tornaram, do Eu mesmo comigo mesmo,

E o resto que se exploda!

 

Quando vemos um jovem político extravasar sua ânsia no resolver os problemas sociais,

E não importa sua origem,

se rico ou pobre, culto ou ignorante nesta triste medida da sociedade,

me vem a mente uma trajetória recente

e me domina uma angústia latente,

estaremos diante de um novo casuísmo popularesco, triste carnaval,

onde a mola mestra real estará a serviço da manipulação, da sórdida ganância,

objetivando consequência do próprio enriquecimento ilícito...

O triste é a cinematografia na sua relação conosco,

Quando o consumado ator olha dentro dos nossos olhos, e mente,

Convencido, a tantos convencendo, de que diz a verdade.

 

São apoteoses demais...a violência, os desmandos do dinheiro e do poder,

Por fim, resta falar daqueles que dizem falar por Deus!

 

Religiões emanam de todas as portas, hipócritas, dissolutas, almas canibais,

Homens que doutrinam mentes em lavagens cerebrais,

E o fim (que se salvem as exceções),

um amontoado de pastores que não herdarão os céus,

pois a balança dos seus pecados penderá à perdição...e merecerão!

 

A mim mesmo a cada dia que passa e sobrevivo

 e vivo para depurar a essência daquele que eu sou

onde busco trilhar um caminho povoado das ações onde identifico o fator humano,

me nego as idolatrias,

me nego ao ranço da politicagem,

me nego ao oportunizar da fragilidade alheia,

me nego ceder aos impulsos do ego na simetria do meu umbigo,

e, me torno, acredito, mais lúcido, menos cego, mais irmão!

 

                                                               *

 

Tenham todos um ótimo fim de semana, sabemos, há um preço,

Mas se cada um de nós pender para o Bem e a simplicidade,

Poderemos, sim, não seja nosso desejo uma utopia,

Deixar para os nossos descendentes um mundo melhor.

Beijos em vossos corações e sejam felizes, que Deus os proteja!

Cotidiano Face 6

Pois hoje vou lhes contar uma historinha que em primeira mão me despertou um lado MAU, depois ponderei e voltei a trilhar pelo caminho no qual me nego a pisar nos calos de que quer que seja (como não sou santo, nem santarrão, desde que não pisem nos meus calos).  Porque? Pelo desenrolar dos acontecimentos, pela presença irretocável do reconhecimento, nas reações e nas atitudes, vejam vocês...

                                                                                              *

Sábado passado, já em Porto Alegre, e voltando para casa, já na Av Bento Gonçalves, num trânsito lento quase parando, parado, e como sempre, enquanto dirijo mantenho um sentido aguçado de observação. Numas destas paradas, observo ao meu lado esquerdo, na pista de maior velocidade, um desses carrões da Hyundai, e na sua direção uma bela dama, loiríssima, diria beirando os trinta e lá vão. Meu carro está um pouco aquém da sua janela da frente, em minha visão ela esta de perfil, então ela aumenta o som do carro, e faz algo que via regra pertence ao mundo das crianças, e, eventualmente, do universo masculino (tal como já foi flagrado o técnico, e ex-jogador da futebol, da seleção alemã, em pleno jogo internacional), ou seja, definitivamente, coçou o cérebro, nariz adentro, com seu dedinho indicador, que poderia ser de uma pianista, longo e delgado. Na sequência, na santa paz da sua imaginária privacidade, limpou o dedinho com seus dentes, utilizando os lábios, aliás, carnudos, no ato final desta concepção...

Como diria meu sobrinho Matheus, caraca, cara...! Confesso, não resisti, como havia espaço para ir um pouco mais a frente com o carro, foi o que fiz, e devo ter colocado um sorrisinho muito Gardel e irônico na minha expressão, ao olhá-la descaradamente...pô, gente, é impagável visualizar a cena.  Quando ela me percebeu e, por consequência, soube o que eu vira...rapaz, tadinha, ai me deu pena e arrependimento, eu podia ter deixado passar...ah, somos humanos, e, as vezes, maus.

Ela empalideceu, cravou os olhos a frente e por sua sorte, sua fila andou, e bem mais rápida do que aquela em que eu estava, e ela pode desaparecer das minhas vistas... Mas seu rosto ficou gravadinho na minha mente, até porque ela é muito linda, e a beleza me é atrativo.

Diriam...ah, deixa estar, acabou. Nunca mais vou vê-la mesmo, mas fiquei me penalizando, poxa, tu poderias ter poupado a dama...que maldade!

Mas a vida apronta, e não é que o inusitado aconteceu.

 Domingo a tardinha, lá estou eu no aeroporto,  já diante do portão 23 da Azul, quanto me toca sentir a sensação de estar sendo observado. Evidente, meu olhar buscou os arredores, passando levemente pelas pessoas, ah, caramba, dentre estas ela me olha atentamente, sim, ELA! A dama.

Deixei meu olhar seguir adiante como se não tivesse percebido sua concentração e tomei uma decisão, poxa, seja gentil, faça de conta de que você não a reconheceu. E foi o que fiz.

Pessoal, dali pra frente, enquanto esperava, em muitos momentos eu tive absoluta convicção de que ela estava testando o meu reconhecimento (e convenhamos, estava muito elegante, chamava a atenção), pois andava pelo salão, sempre procurando se colocar no meu ângulo de visão, e, eu, firme, silente, sem demonstrar um mínimo da ironia cínica que queria explodir na minha face, na estampa de um sorriso largo.

Quando chamaram meu voo, ela não estava nele, seria um pouco demais, dei uma última cruzada de olhar pelo salão, e, então, deixei transparecer, eu a VI.

De imediato, pude sentir a sua tensão, seu rosto isolou-se em expectativa, num tangido de uma imolação emocional perceptível de acontecer, então, definitivamente, deixei meu olhar seguir impessoalmente em frente, ignorando-a.

Enquanto partia e entregava meu bilhete a funcionária da Azul, na percepção da minha visão periférica, pude sorrir para mim mesmo, pois estava deixando para trás alguém que havia respirado fundo, retomado suas cores e obtido a certeza de que eu não a reconhecera.

Confesso, o ato de sorrir para mim mesmo, se fez júbilo pois me permiti corroborar em atitude a salvaguarda de uma pequena maldade.

Em minha mente lhe desejei: - Vá em frente minha dama, maravilhe-nos com sua beleza e elegância...mas não coce mais o cérebro!

Cotidiano Face 7

Vamos deixar rolar nossos pensamentos, dar liberdade e asas a imaginação, neste humano vivenciar o que será mais importante, o corpo e suas necessidades ou o espírito e suas transcendências.

 No que me diz respeito, me deixei levar...

                                                                        *
O dia e uma vida se cruzam em analogia,
 mas será o cair da noite que se fará apologia.

Ao nascer do sol, ao raiar de um novo dia, somos crianças,
fazedores de inocência;
ao meio dia jovens adultos,
donos do mundo e da verdade;
ao entardecer a maturidade iluminada,
em atalhos repartimos jornada e conhecimento;
ao pôr do sol, transcendemos a paz e nos despedimos da vida...

Mas é no nosso último olhar, na noite derradeira,
que esta descortina em imagens as colheitas vindouras daquele que nos será destino...
Anotem isso, melhor assumir, a última noite é nosso guia, nossa redenção, ou nossa perdição:
se em estrelas translúcidas e brilhantes a sua fotografia,
acordarás em braços de infinita amorosidade,
e voltarás mais vez ao viver terreno para iluminar aos que aqui ficam;
se em calmarias de suaves cores noturnas num transmitir de paz,
acordarás em braços de terno amparo
e te permitirão escolher como haverás de te fazer crescimento em nova jornada terrena;
se em negritudes ofuscantes mas ainda de efêmeras visualizações,
acordarás numa sala imensa
em cujas paredes se projetarão as cores de muitos arco-íris,
significa que poderás voltar para refazer e depurar tuas ainda malfadadas existências;
agora, se a noite fôr de abscuridades plenas,
na simetria dos teus temporais existenciais,
na ausência dos teus arrependimentos,
significa que já não tens perdão, nem volta,
é teu limite, e nem adianta então chorar, acabou teu tempo...

É Adeus, partirás para o nada e apagarão no tempo as tuas memórias...
Portanto...homem, apruma, recorda, pondera,
mais que carne és espírito,
a este deve ser dado o futuro, o rumo,
enquanto és passageiro,
em luz, no simples vivenciar dos que se doam irmãos, sinceros e humildes, no equilíbrio e no amor,
ele se faz infinito.

Neste estágio, é que Deus se faz verbo e diz:
...a ti, meu filho, te permito!
Entra na minha casa e reporte,
aos que merecerem tua palavra,
que sou real...e não um MITO!

Ufa...boa noite!

Cotidiano Face 8


Respondam com sinceridade:

Vocês já não estão hiper cansados de verem tantos desmandos, politicagens, corrupção e roubalheira por parte dos nossos representantes públicos, os políticos que este país tem produzido através da sua história, passada e presente?

Este é o meu caso, tenho ponderado muito a minha vida, e me perguntado inúmeras vezes, será que não está na hora de afrontar cara a cara, do tipo bala de canhão, aos poderosos de plantão e seus pedestais de barro?

E claro que, para isso, teria que desconsiderar o medo da perda,  da ausência do amor familiar, pois aos revolucionários não há lugar para salvaguardas, é conviver com possibilidades extremas...ação, adrenalina, dor, e por ser insubmisso, o derramamento de sangue!

Amar este país é sofrer incontáveis decepções, até quando nós, todos nós, vamos continuar assistindo como meros espectadores aos artifícios utilizados pelos nossos representantes para se manterem no poder.

Bolsas dos quintos dos infernos, na tutelagem de pessoas sonegadas de amor próprio que preferem esmolas ao aprendizado e ao trabalho.

Benefícios para assaltantes, e outros marginais, manos na podridão dos tóxicos e afins, na forma de salários e outras concessões.

Nas proteções exacerbadas para classes tidas como desprotegidas através de quotas perniciosas quando o fator determinante deveria ser a carência, não a cor da pele ou de débitos históricos de outras gerações, e tantas outras mazelas. A continuar assim vai chegar o dia em que, nós, tidos como a raça branca, que já nos sentimos alvos de preconceitos por sermos brancos, teremos que exigir nossos direitos, por sermos seus iguais.

Carrego nas minhas veias, como praticamente todos nós, neste país, um sangue mestiço, resultado do cruzamento de muitas raças (português, espanhol, francês, italiano e índio), que formou e forma o povo brasileiro de tão maravilhosa índole. Meus filhos carregam outros tantos a mais...

Então, que quota merecemos nós que batalhamos pelo trabalho e pelo crescimento, graças a educação e o respeito ao próximo que recebemos dos nossos pais?!

Quanto a mim me nego ao prisma cultuado hoje por tantos, do levar vantagens, sabe-se lá em que instâncias de dor e penúria, nos destinos espoliados à saúde, segurança e educação;

Me nego por receber bolsas que alcançarão preços impagáveis, onde se dá o peixe e não se ensina a pescar, onde  a única explicação é a óbvia, busal e miséria são rentáveis.

Me nego a acreditar que é protegendo marginais que vamos salvaguardar a sociedade,  e a mim mesmo e aos meus, que paguem seu preço e neste tempo de provação tenham trabalho e aprendizado, que retomem a vergonha na cara, para que quando retornarem ao nosso convívio sejam homens de bem.

O triste é que este contexto traz em seu bojo incomensurável possibilidade de luta fratricida, pois haverá de chegar o dia em que, por absoluta impossibilidade de se pagar a conta,  fecharão a torneira e os beneficiados costumazes desta verba, anacrônica ao bom senso, se revoltarão.

 A quem caberá se defender? ... a nós,  os verdadeiros devedores e pagadores desta conta, que mantemos esta corja no poder, sem reação, pois com  o nosso silêncio, autorizamos a manipulação política e a corrupção generalizada.

De tal forma que nos é esfregada na cara uma triste convicção, o povo brasileiro, nós, estamos corrompidos.

Cotidiano Face 9


Utopia? ...acorda povo!

Não raro grito em silêncio,

Pois minha fala se ouvida assombraria tua ingenuidade,

Calaria tuas lamurias,

Teria o dom de te humilhar,

Para assim, talvez, te acordar.

...tua culpa se assessora na ignorância!

 

Teus motivos se espelham na pobreza, és pobre e estás desempregado,

Mal  te sustentas e aos teus,

Sofres pela tua família.

 

Mesmo assim, te digo, mantém tua fibra e seja âncora para a dos teus,

Não venda tua dignidade,

Aceita quando te ensinarem a pescar

E no sobrepasso salvaguarda o trabalho.

 

Não te permita teu filho te vivenciar neste aceite

De te ver aceitando umas quase esmolas,

Inda que, talvez, por eles,

Assim agindo é como se vendesses tua humanidade aos corruptores de plantão.

 

Toma noção da tua grandeza,

Atenta aos ditames desta concepção

É necessário que a plantes em tua mente, tua ação e teu coração!

 

...aceite o peixe uma única vez.

Neste mesmo momento exija teu direito

E grite alto e em bom tom:

- Obrigado!  Agora me ensinem a pescar!

Quem sou eu

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Sou Nedi Nelson, como profissional abraço a contabilidade e nesta me realiza a auditoria; como pessoa sempre sublimei ler e escrever, a poesia é lugar comum, hoje vivencio o romancear; como hobby e paixão descobri as orquídeas, o estudo, o cultivo e por fim o descortinar de suas florações..e eis que minha alma transcende o poetar. Viver o entreabrir de uma orquídia me é palco sensível para deixar fluir o poema. A idéia é criar três seções específicas, uma para partilhar a palavra escrita, seja por meio de poemas, contos ou romance, estejam publicados ou não, que venham a ser publicados ou não; outra para cultuar, via fotografias e textos, as minhas orquídeas; e outra para falar de minhas viagens, via fotografias e textos, seja quando a trabalho nos contextos da auditoria, em minhas folgas, seja especificamente a lazer .

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