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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Cotidiano Face 5

Tenho estado observando nossa realidade humana, cada vez mais caótica e sem freios, passei uma semana a trabalho aqui no Rio de Janeiro e a cada momento em que a TV era ligada nos noticiários, seja daqui ou não, as notícias eram de desagregação, dor e violência. Por consequência meu texto é constatação,  desabafo, consternação e esperança. Me perdoem o invólucro em que ponderei minhas figurações, violência, política e religião, mas, infelizmente, estas tem sido reflexos onde as mazelas suplantam o doar humano.

                                                                              *

São apoteoses humanas, calcinadas de dor, amargura e lamento,

as ações que em nossos dias beiram a anarquia, a desumanidade

e ao desequilíbrio entre o Bem e o Mal...

 

Senão vejamos:

 

Quando um faminto, ou drogado (triste lugar comum), pratica seu primeiro assalto,

Não lhe basta roubar, ele necessita agredir, é assim a realidade,

Já em seus atos sequenciais a agressão começa a tomar um rumo macabro,

A vida humana fica refém da indiferença e da total ausência de humanidade.

Estamos convivendo com seres robotizados, facetados de niilismos,

Pela absoluta ausência de amor,

Ególotras que se tornaram, do Eu mesmo comigo mesmo,

E o resto que se exploda!

 

Quando vemos um jovem político extravasar sua ânsia no resolver os problemas sociais,

E não importa sua origem,

se rico ou pobre, culto ou ignorante nesta triste medida da sociedade,

me vem a mente uma trajetória recente

e me domina uma angústia latente,

estaremos diante de um novo casuísmo popularesco, triste carnaval,

onde a mola mestra real estará a serviço da manipulação, da sórdida ganância,

objetivando consequência do próprio enriquecimento ilícito...

O triste é a cinematografia na sua relação conosco,

Quando o consumado ator olha dentro dos nossos olhos, e mente,

Convencido, a tantos convencendo, de que diz a verdade.

 

São apoteoses demais...a violência, os desmandos do dinheiro e do poder,

Por fim, resta falar daqueles que dizem falar por Deus!

 

Religiões emanam de todas as portas, hipócritas, dissolutas, almas canibais,

Homens que doutrinam mentes em lavagens cerebrais,

E o fim (que se salvem as exceções),

um amontoado de pastores que não herdarão os céus,

pois a balança dos seus pecados penderá à perdição...e merecerão!

 

A mim mesmo a cada dia que passa e sobrevivo

 e vivo para depurar a essência daquele que eu sou

onde busco trilhar um caminho povoado das ações onde identifico o fator humano,

me nego as idolatrias,

me nego ao ranço da politicagem,

me nego ao oportunizar da fragilidade alheia,

me nego ceder aos impulsos do ego na simetria do meu umbigo,

e, me torno, acredito, mais lúcido, menos cego, mais irmão!

 

                                                               *

 

Tenham todos um ótimo fim de semana, sabemos, há um preço,

Mas se cada um de nós pender para o Bem e a simplicidade,

Poderemos, sim, não seja nosso desejo uma utopia,

Deixar para os nossos descendentes um mundo melhor.

Beijos em vossos corações e sejam felizes, que Deus os proteja!

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Quem sou eu

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Sou Nedi Nelson, como profissional abraço a contabilidade e nesta me realiza a auditoria; como pessoa sempre sublimei ler e escrever, a poesia é lugar comum, hoje vivencio o romancear; como hobby e paixão descobri as orquídeas, o estudo, o cultivo e por fim o descortinar de suas florações..e eis que minha alma transcende o poetar. Viver o entreabrir de uma orquídia me é palco sensível para deixar fluir o poema. A idéia é criar três seções específicas, uma para partilhar a palavra escrita, seja por meio de poemas, contos ou romance, estejam publicados ou não, que venham a ser publicados ou não; outra para cultuar, via fotografias e textos, as minhas orquídeas; e outra para falar de minhas viagens, via fotografias e textos, seja quando a trabalho nos contextos da auditoria, em minhas folgas, seja especificamente a lazer .

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