Arquivo do blog

sábado, 27 de fevereiro de 2010

POEMA XXII

O meridiano da vida e da morte, do ser,
é paralelo cotidianamente à sua vivência,
acompanha os passos do destino qual sombra megera
que encerra uma íntima espera.

A vida, que aspira sua plena permanência,
jogada as marés das asperezas humanas,
subjuga-se a tirania de alheias vontades.

Adorme residencial nos braços do amor, esposo,
e,
labuta no dia sob obrigações do senhor, escravo.

 Das vivências o ser retira proveitosas lições de ego,
torna-se, pouco a pouco, mais surdo aos apelos servis de humanidade
e menos cego as alternativas do desdém ímpio do ser.

Sufoca em si os gritos da alma,
maculando o espírito,
acariciando o corpo mulher de dádivas terrenas,
se joga aos braços diurnos/noturnos da ignomínia.

Do ego retira o supremo sumo,
da alma subtrai a crença,
na vida multiplica a pose da posse.

Nenhum comentário:

Quem sou eu

Minha foto
Sou Nedi Nelson, como profissional abraço a contabilidade e nesta me realiza a auditoria; como pessoa sempre sublimei ler e escrever, a poesia é lugar comum, hoje vivencio o romancear; como hobby e paixão descobri as orquídeas, o estudo, o cultivo e por fim o descortinar de suas florações..e eis que minha alma transcende o poetar. Viver o entreabrir de uma orquídia me é palco sensível para deixar fluir o poema. A idéia é criar três seções específicas, uma para partilhar a palavra escrita, seja por meio de poemas, contos ou romance, estejam publicados ou não, que venham a ser publicados ou não; outra para cultuar, via fotografias e textos, as minhas orquídeas; e outra para falar de minhas viagens, via fotografias e textos, seja quando a trabalho nos contextos da auditoria, em minhas folgas, seja especificamente a lazer .

Seguidores