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sexta-feira, 16 de maio de 2014

Cotidiano Face 13


Pois as imagens abaixo representam dois momentos de gula estanque, o coelho que habita em mim fica babando a cada momento em que passo pelos vasos, me cutuca, colhe, come, mas me cabe o direito de aguardar o momento certo. Quando EU, o ser humano, colhe estas alfaces, para degustá-las com muito prazer, me é necessário acrescentar ainda mais sabor a esta delícia da mãe natureza, portanto faz-se mister uma pitadinha de sal, azeite de oliva extra virgem a gosto e uma leves gotas de balsâmico. Pronto, me lambuzo...

Na verdade os vasos de alface são apenas uma desculpa para falar daquilo que no passar dos anos, vem mais e mais me deixando de cabelo pé (não que eles já não sejam meio revoltados, de difícil controle, devido aos redemoinhos que habitam no seu meio), pois a continuar o aumento da população terrestre de forma tão desordenada, que alimentará esta gente?

Talvez seja devido a idade, mais madura, prudente, pensada, ou ainda pela chegada meiga e maravilhosa de mais uma princesinha na minha vida, minha neta Anita!

Mas o fato é, tem me preocupado demais a herança que minha geração está deixando aos nossos filhos e netos, porque se recebemos de nossos pais um planeta ainda muito VIVO e altivo no suporte das necessidades da raça humana, hoje em dia o que temos visto é sua deterioração, em muitos lugares exauriram-se as possibilidades de produção de alimentos, ou de riquezas minerais.

E o que vemos? Governos de todos os países praticando alienação, estão convivendo de forma pacífica com suas síndromes de NEGAÇÃO! Alertas aqui e ali de que o planeta não suportar tanta gente, ah, são bobagens destas cabeças pensantes, embasamentos visionários de quem quer aparecer.

É histórico, sempre que uma célula terrena tenha alcançado o máximo de suas possibilidades para suprir as necessidades dos seus habitantes, neste momento e nunca muito após este momento, algum tipo de preço foi suportado pelos seres humanos. Seja por catástrofes naturais, desmandos humanos, ou epidemias devastadoras.

Vejam a Peste Negra na Europa, quando se encerrou o seu ciclo, milhares de pessoas tinham perdido a vida, logo, se transformaram em bocas a menos para alimentar no continente. O que se viu?  A produção de alimentos no continente, findo o período de provação, puderam até mesmo ser estocados, e o fato produziu riquezas, e por consequência a riqueza maior, o renascimento cultural, na literatura e nas obras de arte, a partir duma Itália de mentes iluminadas.

Em nossos dias, o que temos, basta ler/escutar as notícias e atentar o que está amoitado nas entrelinhas, existem países que já não suportam mais seu altíssimo nível populacional.

Nós, brasileiros, e não vamos falar da desigualdade histórica entre os ricos e pobres deste país, vivemos dentro de um quadro onde ainda é possível dar suporte as nossas necessidades. Mas seremos por acaso uma ilha neste planeta, poderemos nos dar o luxo de jamais sermos cobrados pelos nossos pares, na sociedade terrena?

E nossos governos, o que fazem? Todos eles, parecem brasileiros, deitam em berço esplêndido, assumem a NEGAÇÃO das mais negras possibilidades e acatam em suas políticas populacionais a ausência de um controle efetivo de nascituros, porque, de forma equivocada, é isto que a igreja católica recomenda. Nada de preservativos, ou outro meio condizente.

Minha convicção, neste eterno país do futuro, é que quando esta cobrança chegar não  será possível nos mantermos incólumes das pressões exteriores e afundaremos tal qual todos os outros, pois seremos obrigados a repartir a conta.

O que poderia acontecer?

Não possuo bola de cristal, mas já passou da hora o momento em que precisamos unir nossas vozes e intenções no ato de cobrar aos governos terrenos um controle demográfico efetivo, sem hipocrisias ou influências religiosas, é um FATOR HUMANO a ser sanado. Senão, sei lá se pandemia, catástrofe ou decisão de algum fanático político de plantão no apertar de um botão, daqueles, do tipo nuclear, mas o planeta terra de alguma forma obterá a sua reciclagem: seja no extinguir daqueles que não souberam dar o devido valor a este coabitar; seja num renascimento, naqueles que sobreviverem para que o repovoem, trazendo em suas mentes o conhecimento memorial dos erros por NÓS cometidos.

Que EU esteja errado e que, nunca, minhas palavras sirvam como se um anunciado e omitido paradigma existencial. 

 Que Deus ilumine os que decidem, ou então que uns poucos iluminados possam com suas vozes abrir estas mentes para que saibam ler os sinais dos tempos.

De qualquer forma, por absoluta prudência, aos jovens e futuros promissores deste maravilhoso planeta, tratem de aprender aos cultivares das hortas caseiras. No futuro, que eu queime a língua, ela talvez sejam a salvação da lavoura...e do alimento nos seus pratos!

Que Deus proteja todos nós!

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Quem sou eu

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Sou Nedi Nelson, como profissional abraço a contabilidade e nesta me realiza a auditoria; como pessoa sempre sublimei ler e escrever, a poesia é lugar comum, hoje vivencio o romancear; como hobby e paixão descobri as orquídeas, o estudo, o cultivo e por fim o descortinar de suas florações..e eis que minha alma transcende o poetar. Viver o entreabrir de uma orquídia me é palco sensível para deixar fluir o poema. A idéia é criar três seções específicas, uma para partilhar a palavra escrita, seja por meio de poemas, contos ou romance, estejam publicados ou não, que venham a ser publicados ou não; outra para cultuar, via fotografias e textos, as minhas orquídeas; e outra para falar de minhas viagens, via fotografias e textos, seja quando a trabalho nos contextos da auditoria, em minhas folgas, seja especificamente a lazer .

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