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domingo, 28 de fevereiro de 2010

POEMA XI

Lá me venho poeta, apostando tudo,
ganhando nada.

Que ser poeta é doar-se em troca de nadas,
mesmo a poesia se faz tão desejada
e nos consome com sua volúpia,
sugando cada suspiro,
depois de nós se afasta como se não nos devesse sua trajetória,
como se não fosse nossa também a pequenaz glória.

Ah! Maldida sina.

Jogue fora, poeta, a tua memória,
faça de conta de que morres para os versos,
que tua meta se alterou,
já não sejas - poeta - sejas o esquecimento atroz,
a vivência erma,
a sofrência plena.

Afinal - quem se lembra de tua escrita - todos,
a tua palavra quem a guardou - todos,
e em tua vida quem viveu dores e alegrias ?
...somente tu.

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Quem sou eu

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Sou Nedi Nelson, como profissional abraço a contabilidade e nesta me realiza a auditoria; como pessoa sempre sublimei ler e escrever, a poesia é lugar comum, hoje vivencio o romancear; como hobby e paixão descobri as orquídeas, o estudo, o cultivo e por fim o descortinar de suas florações..e eis que minha alma transcende o poetar. Viver o entreabrir de uma orquídia me é palco sensível para deixar fluir o poema. A idéia é criar três seções específicas, uma para partilhar a palavra escrita, seja por meio de poemas, contos ou romance, estejam publicados ou não, que venham a ser publicados ou não; outra para cultuar, via fotografias e textos, as minhas orquídeas; e outra para falar de minhas viagens, via fotografias e textos, seja quando a trabalho nos contextos da auditoria, em minhas folgas, seja especificamente a lazer .

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