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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Cotidiano Face 31

Meu ontem...já tão antigo!

Amotinados tenho os meus pensamentos, desenraizados da apatia,
colhendo informações nas reminicências cinemadas das minhas vivências,
tenho-te, ó coração, alimentado com as emoções do meu passado...

Seja em branco e preto, ou em tecnocolor, ante as imagens colhidas nesta cinematografia,
fica brando e enternecido nas descobertas primaverís de um adolescente enamorado;
fica afoito e compromissado poetando as alegrias amorosas de um jovem apaixonado;
fica maravilhado e magoado nas agruras responsáveis de um pai desenraizado;
fica extraviado e descrente de todas mulheres usando de sua sensual sexualidade colhendo-as em momentânea posse para obter uma emoção que não possui;
fica atordoado e faminto nas doações sem limites de uma paixão perigosa e desenfreada,
para ver sua alma quebrar finalmente despedaçada, entregue entre a volúpia e a obsessão;
e sua vida afundar num ópio desvalido, de perdição, entre a insanidade limítrofe e a
solidão...

Reconstruir minha alma foi uma incessante busca do PAI, tanto lhe pedi perdão, tanto lhe
pedi coragem;
remontar os cacos em que se viu jogada a minha vida foi um alicerçar de pequenas
descobertas,
em que me foram companhia, um cão com suas alegrias de um quase guri,
uma pequena morada na pobreza de suas frestas cinemando o dia e a noite,
um rio alternando cheias com vazantes mas sempre generoso por alimentar minha fome
e purificar meu corpo,
e, afinal, o tempo em que transformei um desespero temperado com dor e lágrimas
num renascimento em que cimentei fé, humanidade e esperança
como se fossem os ditames do meu caminho.

Poema escrito em 2010

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Quem sou eu

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Sou Nedi Nelson, como profissional abraço a contabilidade e nesta me realiza a auditoria; como pessoa sempre sublimei ler e escrever, a poesia é lugar comum, hoje vivencio o romancear; como hobby e paixão descobri as orquídeas, o estudo, o cultivo e por fim o descortinar de suas florações..e eis que minha alma transcende o poetar. Viver o entreabrir de uma orquídia me é palco sensível para deixar fluir o poema. A idéia é criar três seções específicas, uma para partilhar a palavra escrita, seja por meio de poemas, contos ou romance, estejam publicados ou não, que venham a ser publicados ou não; outra para cultuar, via fotografias e textos, as minhas orquídeas; e outra para falar de minhas viagens, via fotografias e textos, seja quando a trabalho nos contextos da auditoria, em minhas folgas, seja especificamente a lazer .

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