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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

ARUNDINA BAMBUSIFOLIA LILASARROCHEADA

        A Arundina produz muitas mudas, keikes, depois da primeira floração de cada caule, e foi desta forma que montei meus vasos, aqui e ali, nas minhas visitas a Entidades ou particulares, fui "chorando" alguns e hoje tenho inúmeros vasos da Lilásarrocheada e um da Branca.
        O vaso abaixo da um exemplo da envergadura a que chegam, formam quando em jardins fotografias maravilhosas, pelo conjunto das flores.

         Na foto abaixo, a flor, em detalhe.
        
         E, por fim, a foto do labelo, em detalhe.

         Segundo o site BIOLOGADOS, na Galeria referente a orquídea Bambu, como é popularmente chamada, é uma terrestre, muito utilizada em jardinagem por se adaptar bem a locais ensolarados e por sua floração ser contínua durante o ano todo. Formam toceiras e ficam muito bonitas quando plantadas junto a muros. Formam uma espécie de cerca-viva. 
         Podem ser amplamente utilizadas em jardins. Ficam espetaculares quando plantadas junto a muros, cercas ou paredes. Formam touceiras, podendo chegar a dois metros de altura. É bastante rústica e de fácil cultivo.
         Origem: asiática.

         Floração: Em regiões de clima quente, acontece durante o ano todo. Em regiões mais frias, a floração ocorre principalmente na primavera e verão. Não tolera geadas. As flores vão se abrindo uma a uma, sucessivamente na ponta de cada haste (inflorescência terminal). As flores, muito bonitas, são lilases com o labelo roxo.
         Existem outras variedades, minhas conhecidas apenas a mais comum, acima citada e a branca, que também possuo.
         Estou com muitas mudas em andamento, seus destinos serão o de enfeitar os arredores do nosso "chateau", lá nas barrancas do Rio Vacacai,  pois nem só de frutos e peixes, e, claro, as cevinhas e o churras de cada dia, vive um homem, sentir-se iluminado e perfumado por flores também move o nosso mapa astral no nosso convívio com a mãe matura e o grande PAI.

DENDROBIUM NOBILE TRILABELO (Hibrido)

        Os Dendrobiuns Nobiles não param de abrir em flores, mais um, neste caso um filho da genética, na maestria do homem que aprendeu com a natureza como acasalar as plantas, na produção de novas cores e até de novas variedades...a magia dos pesquisadores e suas conquistas!
     
        Este foi adquirido em São Paulo, lá no bairro Oriental, em uma exposição de Orquídeas.
     
        A planta do vaso abaixo esta florida neste momento, 26/08/2014, aqui em casa.

         No detalhe, a flor e sua suavidade.

     Após esta floração devo cortar algumas hastes deste Nobile para fazer novas mudas, pois esta planta é unica no orquidário. 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

ONCIDIUM LONGIPES

        Possuo alguns vasos deste Oncidium Longipes, todos provenientes de compra efetuada de orquidófilo de Londrina PR, lá pelos idos de 2002, que no decorrer destes anos todos produziu muitas mudas. No inicio deste ano efetuei a separação da planta original, por este motivo poucos vasos deram o ar da graça na produção de flores, e ficaram como o ai de baixo, mas irão crescer e logo estarão irradiando maior quantidade de flores, pro ano.
         O vaso abaixo esta florido neste momento, 23/09/2014.
          No detalhe a flor,
  
         Segundo a Wikipedia o Oncidium longipes é uma espécie de orquídeas do gênero Oncidium, também chamado de dama dançante por causa do seu labelo que se assemelha a uma bailarina, e com qualquer vento se move continuamente, é da subfamília Epidendroideae da família das Orquidáceas.
           Etimologia: O nome científico "longipes" é devido as folhas compridas características desta espécie.
         Quanto ao habitat  é nativa do Brasil, da Argentina e do Paraguai. Esta Orquídea cresce sobre árvores. Área de clima quente.
         O Oncidium longipes é uma orquídea epífita com pseudobulbos cilíndricos achatados lateralmente de que saem apicalmente duas folhas coriáceas estreitas oblongo linguladas, em seu centro nascem duas hastes florais com numerosas e diminutas flores. Possui um ramo floral paniculado. Flores com manchas de cor marrom alaranjado e labelo amarelo.
       Para cultivá-lo atentar que tem preferência por alta luminosidade ou com sombra moderada. Pode plantar no exterior como os Cymbidiums para estimular a floração. No inverno, manter o substrato seco com poucas regas.
       Contrariando a informação, que os mesmos florescem em Janeiro e Fevereiro em seu habitat, aqui em casa, alto Viamão RS, estão floridos agora em setembro/2014.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

CATTLEYA INTERMÉDIA RUBRA

         Não é nada fácil identificar as variedades das Cattleyas Intermédias, dado suas nuances, as vezes de pouca expressão, apenas vinculadas ao calor da cor, tipo rosa clarinho, claro, rosa denso, enfim. Depois de muito pesquisar penso que consegui detalhar mais uma variedade aqui em casa, espero estar correto momento em que identifico o vaso abaixo como sendo uma Rubra, padrão definido pelos entendidos.
          Esta e outras iguais a ela são aqui de perto, foi coletada numa derrubada de mata bem perto da Lagoa dos Patos, há uns nove anos.

           Seja ou não, uma Rubra, é muito bela a sua estampa e forma, como podem ver pelas fotos abaixo, este vaso é espécime florido neste momento, 23/09/2014.
       
          Abaixo a flor em detalhe.

            E no detalhe, o labelo, muito bem definido.

           Desta variedade possuo alguns vasos para trocas, havendo interesse, basta me contatar.

CATTLEYA INTERMÉDIA SUAVISSIMA DELICATA

         Esta planta chegou as minhas mãos via troca efetuada em Tijucas SC, era apenas uma pequena mudinha, e deverei ser uma Alba, todavia quando floresceu pela primeira vez, há uns quatro anos, surpresa, uma suavíssima Intermédia mostrou sua delicadeza. Confesso que adorei a flor, haja harmonia e cor suave nas suas formas.

          Esclareço que a definição do nome como identificação é por minha conta, pois se parece demais com a variedade identificada desta forma, acrescentei delicata porque é o que ela é, tremendamente delicada.

          Abaixo, meu único vaso desta variedade, florida agora em 23/09/2014, e quem for observador vai perceber que algumas folhas mais velhas estão severamente prejudicadas, consequência de um ataque de insetos sugadores, num dos intervalos em que viajo, quando os percebi na minha volta já tinham feito o estrago.

       
             A flor em detalhe, sua suavidade é um colírio para os olhos.

          Observem no detalhe o labelo, primorosa obra de arte da mãe natura.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

LAELIA ANGERERI

      Tenho apenas este vaso da Laelia Angereri, minha planta é mineira, das montanhas perto de Igarapé, cidade nos arredores de Belo Horizonte, e faz parte das inúmeras plantas que coletei no local a mais de dez anos, quando estavam explodindo a montanha para a retirada de minério, de ferro, se não me engano. A trabalho, ali perto, quando ouvi as explosões, a tardinha fui até o local e consegui ser autorizado para salvar as mudas que encontrasse no local destinado a ser dinamitado. 

Eis as flores em foto deste mês, setembro/2104:

Da mesma foto, uma flor em detalhe:

           Lembro muito bem do local que estava esta planta, numa rachadura da rocha, numa inclinação bem vertical, e lá me fui, num rapel de muita adrenalina, buscar a então desconhecida muda de orquídea, pois não estava em flor.. 

Segundo a Wikipedia a Lælia (em português: Lélia) é um pequeno gênero de orquídeas (família Orchidaceae) com vinte espécies.
As espécies tem hábito epífito e litófitas. São endêmicas desde o México até a América do Sul.
Este gênero é estreitamente relacionado com o gênero Cattleya. A diferença principal entre as Læliæ e as Cattleyæ é que as Lélias têm oito polínias em cada flor, e as Catléias têm quatro.
Muitas espécies do gênero Schomburgkia foram transferidas para este gênero. Todas as espécies deste gênero com anterior ocorrência para o Brasil foram transferidas para outros gêneros. No ano de 1968 H.G.Jones transferiu as espécies da subseção Parviflorae, litófitas, endêmicas dos estados de Minas GeraisRio de Janeiro e Espírito Santo, para o gênero Hoffmannseggella, como anteriormente sugeridas por F.C.Hoehne. Segundo van den Berg & M.W.Chase as espécies brasileiras pertencentes agora ao gênero Sophronitis (In: van den Berg & M.K.Chase. Lindleyana 15(2):115-119, 2000). Para Chiron & Castro Neto as espécies brasileiras foram divididas em quatro gêneros sendo estes DungsiaHadrolaelia e Microlaelia sendo que Hoffmannseggella foi restabelecido (In: Chiron & Castro Neto. Richardiana 2(1): 4-28, 2002).

CATTLEYA INTERMÉDIA TIPO

       A maioria dos meus vasos de Intermédias são de plantas salvas em derrubadas de matas, seja aqui no RS, SC até SP.
Estas fotos, abaixo, todas elas, são de florações ocorridas neste momento, setembro/2014:


 

           Segundo a Wikipédia a Cattleya intermedia é uma espécie nativa dos estados do sul do Brasil - principalmente Rio Grande do Sul e Santa Catarina - mas também ocorre no litoral do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Foi levada pela primeira vez para o Reino Unido em 1824, para o Jardim Botânico de Glasgow, na Escócia, pelo capitão Graham, do Royal Packet Service, a pedido de Harrison, morador do Rio de Janeiro. Foi registrada com o nome de Cattleya intermedia pois a sua flortem um tamanho intermediário entre as Cattleyas.
A sua variabilidade de colorido e de forma é muito grande, existindo flores totalmente albas até rubras, de cor escura, passando por cores suaves, caeruleas (azul-celeste) e roxo-violeta.
No sul do Rio Grande do Sul esta espécie cresce principalmente na corticeira do banhado (Erithrina cristagalli), em banhados (pântanos cobertos de vegetação) ao longo da Lagoa dos Patos e até a reserva ecológica do Banhado do Taim, a pouco mais de 100 quilômetros dafronteira com o Uruguai. Ocorre também em figueiras, no chão arenoso, à beira da praia das lagoas, em rochas graníticas e em butiazeiros (Butia capitata).
CULTIVO:  O cultivo da Cattleya intermedia exige bastante umidade do ar, muito sol da manhã e boa ventilação. O substrato que tem dado melhor resultado é a casca de pinus autoclavada (sem tanino), pedriscos de granito ou até a mistura de ambos em partes iguais, proporcionando uma maior ventilação entre as suas raízes.
Pode ser cultivada com sucesso amarrada a uma árvore nativa como figueira, corticeira ou ipê. Para estimular a formação de botões florais, a Cattleya intermedia necessita de um período frio, de duas a três semanas, com temperaturas abaixo de 15 °C à noite.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

DENDROBIUM NOBILE Tipo

É incrível como os dendrobiuns geram novos rebentos e , por consequência, novas plantas. De apenas dois vasos a uns 12 anos, hoje, já tenho mais de 100 (cem) lá em casa e aumentando...

Dentre outros, eis dois (2) vasos floridos neste momento, 15/09/2014:




          Com pequeníssimas variações nas cores, de mãe para filhos os Dendrobiuns transmitem toda a sua genética cinemando para nós humanos toda a sua beleza, Não é por nada que o chamam de "olho de boneca". 

Eis uma flor em detalhe...

      Para quem se interessa em cultivá-la eis ai uma das orquídeas que menos precisa de atenção e cuidados especiais, é uma sobrevivente nata, só não poder ter suas raízes encharcadas e nem ficar no pleno sol da tarde.



DENDROBIUM NOBILE AMARILLO

           Este vaso, único lá em casa, tem apresentado alguma resistência em prosperar novos brotos, trata-se de criação genética, ai a maestria humana.
           Esta planta foi adquirida em Londrina PR, de um orquidófilo em feira livre na cidade. Quase perdi a planta, pois não uso produtos estranhos a natureza nos meus vasos, e, esta, muito provavelmente recebia muitos nutrientes antes de mim.

Eis as flores em detalhe...

       É sabido que existem centenas, senão milhares, de criações genéticas desenvolvidas pelos homens, e os Dendrobiuns se prestam de forma magnífica para esta criatividade, é estudar, conhecer e dar vazão a sensibilidade na geração de novas cores. 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

LAELIA AURANTIACA

           Possuo apenas um vaso desta Laelia Aurantiaca, esta mexicana de origem foi adquirida junto a um orquidário que expõe no Mercado Público Central na capital paulista, São Paulo.


E na foto abaixo as flores em detalhe.

       Neste ano, após o término da floração, minha planta será separada, logo serão dois vasos.

       Segundo a Wikipedia, internacional, conforme a tradução a seguir, este robusto, pequeno para espécies rupícolas no porte, epífitas e ocasionais de tamanho médio é encontrado em El Salvador e no México em altitudes de 300-1600 metros de florestas tropicais montanhas tropicais e inferior em rochas expostas, ou em árvores em áreas de extremo calor e frio. 
Cresce morno para frio com alongado, cilíndrico-fusiforme, pseudobulbos ligeiramente comprimido transportando com duas folhas apicais, carnuda, elípticas a lanceoladas oblongo deixa com um arredondado, é no ápice que as flores do final do inverno até a primavera prosperam em um terminal, com 16 cm de comprimento, poucos para muitos de duas a onze florescidos, inflorescência umbelliform resultante de um pseudobulbo maduro. 
As flores desta planta são os menores no gênero e muitas populações do norte podem se auto-polinizar, o que faz com que as flores não abram totalmente. Esta espécie e a Cattleya Skinneri naturalmente híbrido para criar C. guatemalensis.

DENDROBIUM KINGIANUM

         Tal como os Densdrobiuns Nobiles, também os Dendrobiuns Kingianuns nos fornecem a cada ano muitas novas mudas.
         Meus vasos, hoje, uns trinta, são todos eles filhos de um vaso adquirido junto a uma Feira de orquídeas em São Paulo, capital, lá nos idos de 1999,


Abaixo, as flores em detalhe, as minhas, numa cor lilás meio abordesado, é uma pequena linda e preciosa.

Segundo a Wikipedia, internacional, o Kingianum Dendrobium ou Thelychiton kingianum, [2] comumente conhecido como Rosa Rocha Orchid, Dendrobium do Capitão King,ou (um pouco enganadora) Rosa Rocha Lily, é uma planta do gênero Dendrobium e nativa do leste da Austrália (Queensland e New South Wales). [ 1] [3] Foi nomeado após almirante Phillip Parker King , explorador da Austrália.
Dendrobium kingianum cresce naturalmente em superfícies rochosas e, ocasionalmente, em troncos de árvores, flores na primavera ou no final do inverno. A sombra das flores é geralmente rosa e raramente branco.

CATTLEYA LABIATA SEMI-ALBA

Uma bela nordestina dando o ar de sua graça, aqui em casa, minha planta foi adquirida em Recife PE junto a um orquidário nas redondezas da cidade.

Na foto abaixo, floração de setembro/outubro 2014.

Ei-la em detalhe, é ou não é maravilhosa...

Já na foto abaixo, floração de outubro/novembro 2015.


Segundo a Wikipedia as Cattleyas labiatas são uma espécie que, no final do verão e princípio do outono, enfeita nossos orquidários com as suas flores. Além das belas flores, somos premiados com seu magnífico perfume que é exalado principalmente na parte da manhã.
Ele é tão característico que podemos chamar de "perfume das Cattleyas".
Planta epífita que vegeta sobre árvores nas serras como em locais bastante úmidos, sempre protegidos do sol intenso. Vegeta numa altitude entre 500 e 1000 metros.
Como habitat, ela procede em maior número de habitats dos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba e Pernambuco e raramente do Maranhão e Piauí.
Sem dúvida é uma das mais belas e mais cultivadas orquídeas brasileiras.
Espécie considerada "Rainha do Nordeste Brasileiro", foi classificada e descrita por John Lindley, em 1821.



LUDISIA DISCOLOR

          Eis um dos meus vasos de Ludisia Discolor, a chamada Orquídea Joia.



            Tenho dois vasos desta planta, neste momento, 15/09/2014 esta em botão, uma haste cresce dia a dia fomentando sua futura floração.
             Infelizmente não será desta vez que verei a haste floral com suas flores abertas, pois, como pode ser observado no detalhe da flor a baixo, o excesso de chuvas deu em fungo e sua floração esta comprometida.


Segundo a Wikipedia, internacional, página traduzida, a Ludisia é um gênero de orquídea que contém apenas uma espécie, Ludisia discolor, comumente referido como jóia orquídea . Eles são nativos para o sul da China , Tailândia , Vietnã , Filipinas , Malásia , Indonésia e Burma , [2] e, muitas vezes cultivada. São orquídeas terrestres que em seu ambiente natural seria encontrada crescendo no chão da floresta. Eles são conhecidos por sua folhagem, que muitas vezes é aveludado profunda marrom com veias vermelhas que correm paralelas ao centro da folha.
As flores são brancas com amarelo torcendo colunas . As flores individuais são pequenos, mas crescem em cachos em hastes verticais.Flores em cultivo durar um mês ou mais. [3]
Eles precisam de alta umidade e temperaturas quentes, com baixa a média luz, e eles tolerar níveis extremamente baixos de luz.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

CATTLEYA INTERMÉDIA AQUINII

Abaixo a bela Cattleya Intermédia Aquinii, que eu ainda não tinha, como não tenho milhares de outras orquídeas, mas ei-la partindo na sexta aqui de Passo Fundo RS para o alto Viamão, minha casa e minha admiração. Recebi de presente, e que presente.


Como podem verificar na flor em detalhe ela já começa a perder seu viço e beleza, mas sempre tem o ano que 
vem, e estarei cuidando dela com muita carinho..

O artigo abaixo é da Revista Como Cultivar Orquídeas, da Casa Dois Editora, através do seu Portal, e expressa as opiniões de orquidófilos experientes, que conhecem como poucos as orquídeas e suas formas de cultivo:



Cattleya intermedia consta como uma das Cattleya mais apreciadas e cultivadas no Brasil. Motivos para isso não faltam. Além de ser nativa do Sul do País, apresenta uma grande variedade de formas e cores, sendo há décadas alvo contínuo de melhoramentos genéticos.

É encontrada naturalmente desde a Região dos Lagos no Rio de Janeiro, passando pelos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Vegeta principalmente no litoral, adentrando pelo interior até determinadas altitudes onde o frio impede seu avanço. "Estranhamente, a costa paranaense não foi povoada por esta espécie, o que constitui uma intrigante curiosidade", comentam Pedro e Lígia Holderbaum, proprietários da Flora Holderbaum, de Joinville, SC. 

Carlos Gomes, proprietário do Orquidário Carlos Gomes, de Florianópolis, SC, afirma que no estado gaúcho sua ocorrência chega até as proximidades da fronteira com o Uruguai. "Nessa área, encontrou um habitat perfeito no Banhado do Taim, de onde saíram as melhores plantas e muitas variedades."

O porte da Cattleya intermedia sofre pequenas alterações conforme o habitat. Gomes explica que no litoral, junto à vegetação rasteira das praias, onde há umidade constante e muito calor, atinge quase 50 cm de altura, apresenta folhas duplas ou triplas de até 20 cm de comprimento e abre de nove a dez flores por haste. Já no interior ou em locais com menos umidade, chega a 30 cm de altura e possui de três a cinco flores por haste.

"Embora seja epífita, também pode crescer em pedras nos costões à beira-mar ou mesmo no interior. No Banhado do ­Taim forma verdadeiros jardins suspensos nas árvores, conhecidas como corticeiras, com dezenas de exemplares floridos", adiciona ele.

Esta espécie faz parte das Cattleya bifoliadas e conta com pseudobulbos roliços, robustos e de crescimento rápido. As plantas comercializadas em orquidários emitem em média de uma a sete flores por haste, podendo ou não ser perfumadas.

MAIOR ATRATIVO

Seu florescimento acontece do final do Inverno ao início da Primavera, com auge em setembro. Nesse período são realizadas diversas exposições em sua homenagem, principalmente em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Os proprietários da Flora Holderbaum ressaltam que as flores da Cattleya intermedia possuem excelente textura, o que lhes confere boa durabilidade, permanecendo abertas por cerca de um mês. "Esta planta tem grandes predicados para hibridação, apresentando nas variedades flamea eaquinii um atrativo muito especial, que é o fato das pétalas possuírem em suas extremidades um intenso colorido, também passado aos seus descendentes. Esse atributo forma elementos multicoloridos que resultam em flores magníficas", dizem.­

Eles justificam que, com o melhoramento genético sofrido pela espécie, os exemplares estão atingindo praticamente a perfeição, pois, ao longo de milhares de cruzamentos, suas flores se tornaram maiores, com melhor textura, mais redondas e de cores bem vibrantes. 

Atualmente, são admitidas cerca de 30 variedades, sendo que as mais comuns são tipoorlata,marginataalbacoeruleaflameasuaveaquinii e concolor. "A orlata e a marginata parecem atrair mais a atenção devido à beleza do labelo. A flamea desperta interesse por ser grande e colorida", salienta Gomes.

Ele acrescenta que uma particularidade é ser a única que possui um amplo número de exemplares com flores pelóricas, ou seja, com três sépalas e três labelos ou pelo menos duas pétalas imitando o labelo. "É uma mutação rara em outras orquídeas, mas acontece em Cattleya intermedia oriundas de cruzamentos encontrados na natureza."

Dentre suas virtudes, também ganha destaque a precocidade, já que alguns seedlings emitem flores em três a quatro anos, enquanto nas demais orquidáceas, como a Laelia purpurata, pode demorar de seis a sete anos. Isso, aliado ao fácil cultivo, faz com que tenha grande aceitação em diferentes países, em especial no Japão, para onde é muito exportada.

MANTENDO A BELEZA

Assim como todas as Cattleya bifoliadas, a Cattleya intermedia aprecia raízes bem arejadas, substrato poroso e boa adubação. 

O profissional de Florianópolis afirma que ela não suporta substrato velho, principalmente xaxim (hoje com comercialização e extração proibidas), sendo este o responsável pelo insucesso do cultivo no passado. Ele recomenda produtos para epífitas, desde que sejam porosos e trocados a cada dois anos se forem orgânicos. Caso sejam inorgânicos, a substituição pode ser feita somente quando a planta estiver saindo do vaso. "Particularmente, utilizo apenas pedra britada."

O casal Holderbaum conta que depois de realizar diversas experiências, a que apresentou mais eficiência nas condições ambientais de Joinville foi a mistura de casca de pinus tratada, carvão e brita. "Uma dica importante para quem cultiva orquídea é desenvolver a observação, pois cada caso é diferente, não existindo uma receita exata para o sucesso". Como a cidade está localizada ao nível do mar e possui boa umidade do ar, esta espécie se adapta muito bem. "Cultivamos nossos exemplares sob ripados ou sombrite de 50% e em local ventilado", completam.

Quando bem adubada, a Cattleya intermedia emite de dois a três pseudobulbos por ano, formando touceiras. Os profissionais orientam aplicar semanalmente ou a cada 15 dias adubo químico de formulação balanceada ou orgânico, como bokashi, a cada três meses. Porém, o procedimento deve ser interrompido durante a floração.

Para garantir seu pleno desenvolvimento, é preciso dar atenção à rega, fornecendo água sempre que o substrato secar, e à luminosidade, mantendo sombreamento máximo de 70%. Também é necessário assegurar umidade ambiente acima de 60%.

Os proprietários da Flora Holderbaum explicam que essa planta aceita bem divisões e replantes. "O momento mais propício é a partir de um mês após o término da florada, quando surgem novos brotos e novas raízes. O vaso deve ter uma abertura de 4 a 5 cm maior do que a muda plantada, que precisa ficar bem fixada, nunca solta ou balançando."

Para minimizar o ataque de fungos, é essencial fornecer ventilação e luminosidade adequadas."Se houver necessidade, basta aplicar fungicida, tanto de contato quanto sistêmico, mas sempre com orientação técnica, porque de nada adianta usá-lo sem saber qual é o fungo", orienta Gomes.

Como toda aglomeração de plantas favorece o aparecimento de pragas, os especialistas de Joinville aconselham um acompanhamento visual quando a coleção não é numerosa, retirando para tratamento o exemplar que apresentar infestação. "Cultivar Cattleya intermedia propicia um grande prazer, porque a cada abertura da primeira flor de um seedling novas surpresas poderão surgir", concluem.









Quem sou eu

Minha foto
Sou Nedi Nelson, como profissional abraço a contabilidade e nesta me realiza a auditoria; como pessoa sempre sublimei ler e escrever, a poesia é lugar comum, hoje vivencio o romancear; como hobby e paixão descobri as orquídeas, o estudo, o cultivo e por fim o descortinar de suas florações..e eis que minha alma transcende o poetar. Viver o entreabrir de uma orquídia me é palco sensível para deixar fluir o poema. A idéia é criar três seções específicas, uma para partilhar a palavra escrita, seja por meio de poemas, contos ou romance, estejam publicados ou não, que venham a ser publicados ou não; outra para cultuar, via fotografias e textos, as minhas orquídeas; e outra para falar de minhas viagens, via fotografias e textos, seja quando a trabalho nos contextos da auditoria, em minhas folgas, seja especificamente a lazer .

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