É sexta...alegria! Que venham as cevinhas e o churras do findi,
aleluia...
Pois depois de uma semana muito
movimentada, de trabalho nem falo, em que estive em Floripa, São José, Joinvile
e Araquari, numa via sacra bem puxada, ontem a noite comecei a me despedir da
semana dando nascimento a um destes textos que, cabendo na minha vida poderia
caber na sua, na tua, na vossa, desde que já tenhas contemplado muita água
passar em baixo da ponte e estejas com os cabelos ralos e numa cor que permeia
do cinza para o branco...
*
Estará o universo manipulando
as amplitudes dos meus dias,
ou simplesmente eu é que estou
eliminando etapas
ao me fazer aquietado nas
suficiências com que vivo a minha vida...
Dissessem-me a poucos anos que
recusei aquele convite do festar noturno,
que dei preferência a um filme
caseiro ao conviver efervescente de uma boate trepidando música e companhia,
Diria...sonha!
E, no entanto, estou
apaziguado.
E não é que ande triste,
melancólico, solitário...
(Neste quesito...solidão!
Sou convicto de que só sente
as amargas amarras das correntes da soledade
aquele que não consegue
conviver consigo mesmo
e não tem recordações por
reviver.
Da saudade, esta não me oprime
o peito,
meu coração é sábio...confiou
a mente a tarefa de só reviver momentos em que se fez sorriso.
Pois, realiza-lhe os sentidos,
conviver com as doações do amor,
mas jamais lamentar novamente
facetas em que a vida me concebeu a dor.)
Mas, enfim, devo voltar aos
dias de hoje...
Penso que minha mente subtrai
energias quando projeta meus dias,
fazendo com que estas
sobrevivam ainda em reservas quando findo minhas tarefas
e sobra tempo para sonhar...
Significa o que?
Ah! Que ainda não estou pronto
para a cadeira de balanço,
Nem para os chinelos de
pelúcia.
Apenas, vou fazendo as coisas
com uma morosidade adequada ao meu tempo e espaço,
Curtindo em colheita aquilo
que gosto,
Atalhando os caminhos naquilo
que conheço,
Doutrinando ensinamentos
naquilo que domino,
E me sentindo vivo demais
naqueles que amo! ...ainda que pertos de mim, ou ausentes.
Então, é isso...a vida,
sobrevida, o tempo, o convívio humano,
meus irmãos irracionais
(serão?),
nos dão as medidas com que
passamos a exigir de nós mesmos ações e reações.
Fosse dar um recado...diria:
Viva a tua vida conforme o
tempo em que te relacionas, mas existem regras básicas, siga-as...
No corpo extrapola um pouco os
teus limites...ele gosta de desafios;
No coração rega-o
permanentemente de amor, pois para ele:
- é júbilo um toque de mãos,
- é emoção um abraço amigo,
- são acordes musicais o
incendiar da paixão;
Na mente sublima o
conhecimento, torne-se cativo desta fome, determinado,
Que ela se alimentará e
fomentará naquilo que este melhor produz...simplicidade!
Da alma, amigo, vislumbre, se
compadeça, e a mantenha criança,
Para que permaneça até o fim
dos tempos abraçada ao grande PAI...sob seu manto,
depurando e se fazendo
crescimento.
Uma alma de criança, um corpo
de homem, atitudes de irmão, e amor no coração,
Acredito que este deveria ser
o mandamento uno, do ser, humano e universal!
Sob a tutela, do meu, do
teu...do nosso Deus!