Tenho apenas este vaso da Laelia Angereri, minha planta é mineira, das montanhas perto de Igarapé, cidade nos arredores de Belo Horizonte, e faz parte das inúmeras plantas que coletei no local a mais de dez anos, quando estavam explodindo a montanha para a retirada de minério, de ferro, se não me engano. A trabalho, ali perto, quando ouvi as explosões, a tardinha fui até o local e consegui ser autorizado para salvar as mudas que encontrasse no local destinado a ser dinamitado.
Eis as flores em foto deste mês, setembro/2104:
Da mesma foto, uma flor em detalhe:
Lembro muito bem do local que estava esta planta, numa rachadura da rocha, numa inclinação bem vertical, e lá me fui, num rapel de muita adrenalina, buscar a então desconhecida muda de orquídea, pois não estava em flor..
Segundo a Wikipedia a Lælia (em português: Lélia) é um pequeno gênero de orquídeas (família Orchidaceae) com vinte espécies.
As espécies tem hábito epífito e litófitas. São endêmicas desde o México até a América do Sul.
Este gênero é estreitamente relacionado com o gênero Cattleya. A diferença principal entre as Læliæ e as Cattleyæ é que as Lélias têm oito polínias em cada flor, e as Catléias têm quatro.
Muitas espécies do gênero Schomburgkia foram transferidas para este gênero. Todas as espécies deste gênero com anterior ocorrência para o Brasil foram transferidas para outros gêneros. No ano de 1968 H.G.Jones transferiu as espécies da subseção Parviflorae, litófitas, endêmicas dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, para o gênero Hoffmannseggella, como anteriormente sugeridas por F.C.Hoehne. Segundo van den Berg & M.W.Chase as espécies brasileiras pertencentes agora ao gênero Sophronitis (In: van den Berg & M.K.Chase. Lindleyana 15(2):115-119, 2000). Para Chiron & Castro Neto as espécies brasileiras foram divididas em quatro gêneros sendo estes Dungsia, Hadrolaelia e Microlaelia sendo que Hoffmannseggella foi restabelecido (In: Chiron & Castro Neto. Richardiana 2(1): 4-28, 2002).