Pois as
imagens abaixo representam dois momentos de gula estanque, o coelho que habita
em mim fica babando a cada momento em que passo pelos vasos, me cutuca, colhe,
come, mas me cabe o direito de aguardar o momento certo. Quando EU, o ser
humano, colhe estas alfaces, para degustá-las com muito prazer, me é necessário
acrescentar ainda mais sabor a esta delícia da mãe natureza, portanto faz-se
mister uma pitadinha de sal, azeite de oliva extra virgem a gosto e uma leves
gotas de balsâmico. Pronto, me lambuzo...
Na verdade os
vasos de alface são apenas uma desculpa para falar daquilo que no passar dos
anos, vem mais e mais me deixando de cabelo pé (não que eles já não sejam meio
revoltados, de difícil controle, devido aos redemoinhos que habitam no seu
meio), pois a continuar o aumento da população terrestre de forma tão
desordenada, que alimentará esta gente?
Talvez seja
devido a idade, mais madura, prudente, pensada, ou ainda pela chegada meiga e
maravilhosa de mais uma princesinha na minha vida, minha neta Anita!
Mas o fato é, tem
me preocupado demais a herança que minha geração está deixando aos nossos
filhos e netos, porque se recebemos de nossos pais um planeta ainda muito VIVO
e altivo no suporte das necessidades da raça humana, hoje em dia o que temos visto
é sua deterioração, em muitos lugares exauriram-se as possibilidades de
produção de alimentos, ou de riquezas minerais.
E o que vemos?
Governos de todos os países praticando alienação, estão convivendo de forma
pacífica com suas síndromes de NEGAÇÃO! Alertas aqui e ali de que o planeta não
suportar tanta gente, ah, são bobagens destas cabeças pensantes, embasamentos
visionários de quem quer aparecer.
É histórico,
sempre que uma célula terrena tenha alcançado o máximo de suas possibilidades
para suprir as necessidades dos seus habitantes, neste momento e nunca muito
após este momento, algum tipo de preço foi suportado pelos seres humanos. Seja
por catástrofes naturais, desmandos humanos, ou epidemias devastadoras.
Vejam a Peste
Negra na Europa, quando se encerrou o seu ciclo, milhares de pessoas tinham
perdido a vida, logo, se transformaram em bocas a menos para alimentar no
continente. O que se viu? A produção de
alimentos no continente, findo o período de provação, puderam até mesmo ser
estocados, e o fato produziu riquezas, e por consequência a riqueza maior, o
renascimento cultural, na literatura e nas obras de arte, a partir duma Itália
de mentes iluminadas.
Em nossos
dias, o que temos, basta ler/escutar as notícias e atentar o que está amoitado
nas entrelinhas, existem países que já não suportam mais seu altíssimo nível
populacional.
Nós,
brasileiros, e não vamos falar da desigualdade histórica entre os ricos e
pobres deste país, vivemos dentro de um quadro onde ainda é possível dar
suporte as nossas necessidades. Mas seremos por acaso uma ilha neste planeta,
poderemos nos dar o luxo de jamais sermos cobrados pelos nossos pares, na
sociedade terrena?
E nossos
governos, o que fazem? Todos eles, parecem brasileiros, deitam em berço
esplêndido, assumem a NEGAÇÃO das mais negras possibilidades e acatam em suas
políticas populacionais a ausência de um controle efetivo de nascituros, porque,
de forma equivocada, é isto que a igreja católica recomenda. Nada de
preservativos, ou outro meio condizente.
Minha convicção,
neste eterno país do futuro, é que quando esta cobrança chegar não será possível nos mantermos incólumes das
pressões exteriores e afundaremos tal qual todos os outros, pois seremos
obrigados a repartir a conta.
O que poderia
acontecer?
Não possuo
bola de cristal, mas já passou da hora o momento em que precisamos unir nossas
vozes e intenções no ato de cobrar aos governos terrenos um controle
demográfico efetivo, sem hipocrisias ou influências religiosas, é um FATOR
HUMANO a ser sanado. Senão, sei lá se pandemia, catástrofe ou decisão de algum
fanático político de plantão no apertar de um botão, daqueles, do tipo nuclear,
mas o planeta terra de alguma forma obterá a sua reciclagem: seja no extinguir
daqueles que não souberam dar o devido valor a este coabitar; seja num
renascimento, naqueles que sobreviverem para que o repovoem, trazendo em suas
mentes o conhecimento memorial dos erros por NÓS cometidos.
Que EU esteja
errado e que, nunca, minhas palavras sirvam como se um anunciado e omitido paradigma
existencial.
Que Deus ilumine os que decidem, ou então que
uns poucos iluminados possam com suas vozes abrir estas mentes para que saibam
ler os sinais dos tempos.
De qualquer
forma, por absoluta prudência, aos jovens e futuros promissores deste
maravilhoso planeta, tratem de aprender aos cultivares das hortas caseiras. No
futuro, que eu queime a língua, ela talvez sejam a salvação da lavoura...e do
alimento nos seus pratos!
Que Deus
proteja todos nós!
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