Itinerários de vida me fizeram viajante em estradas cujo chão eram empedrados e perigosos,
quase ostensivas eram as laterais tomadas de flores e arborizadas, o perigo e a beleza,
um risco que sempre valeu a pena, me expor aos prazeres e as agruras,
pois jamais me cobrou a natura um preço que não pudesse pagar.
...afinal eram minhas as soberbas condições de vivências e regalias,
sobrepujantes me habitavam forças físicas e emocionais.
Numa destas, no tempo de agora, quando me foi dado adquirir o melhor dos meus equilíbrios,
profícuos no somatório dos erros e acertos dos meus ontens,
e possuo bem condicionadas as minhas emoções no domínio de uma mente elucidada,
um tanto soberbo, talvez,
ao percorrer uma estrada prodígio das tecnologias humanas,
me vêm uma conta a extrapolar os tempos de tão tardia.
A natura é mãe, mas ainda que plena de cuidados e amor,
o castigo é parte dos seus ultimatos corretivos,
para tanto palavras não se fazem necessárias.
...ao acordar de um quase pesadelo, nihilista, sem memórias, em brumas,
me dou conta do recado.
Estas vivo! Releia o livro da tua vida,
aprenda com teus erros a evitar os descaminhos,
surpreenda aos que ainda colocam pedras no teu caminho,
vicejando alegrias, faça-se renascimento e sorria com gratidão a cada dia.
O universo escuta, o universo age,
ao bem costuma compensar sem atropelos, ao natural e no momento certo;
ao mal, atenta, é fatídico e multiplicador, quando devida a conta,
no preço estão embutidas muitas lágrimas, legítimos tributos das tuas possíveis inconsequências.
Declino e reajo!
Sintonias universais se uniram então,
logo eu que já pensara ter pago todos os preços, ainda era devedor,
mas que perfil é este me destinando utilizar todos os meus conceitos equilibristas,
justo neste momento em que a luz da minha vida já é boreal,
necessito suplantar em minha mente e no meu coração,
a perda, o medo, uma raiva adormecendo e uma dor latente...permanecendo!
Poa, 22/12/2015.
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